"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."

Cora Coralina


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ANÁLISE E COMENTÁRIOS A RESPEITO DO PROJETO PROPOSTO PARA O BERÇÁRIO I

Iniciamos o projeto trabalhando a questão da oralidade, já na roda de conversa, para estimular o falar, o ouvir, a interação social, a identidade e autonomia de cada um, a partir do momento que os deixamos escolher o repertório musical que cantaríamos naquela semana. Os bebês expressam-se a seu modo e, depois de um período de convivência, conseguimos entender gestos, balbucios e até algumas palavras que eles tentam falam (e que alguns já falam!).
Começamos com a música da “Borboletinha está na cozinha”.
Antes mesmo de iniciarmos esse projeto, já observávamos as borboletas no jardim. Elas procuram, quando indagadas e nos chamam para mostrá-las, quando avistam uma. Aproveitamos que, além disso, a primavera está chegando e nada melhor que fazer um painel todo colorido para aproveitar o tema e uma música que eles gostam.
As crianças também tiveram contato com o tema borboleta através das gravuras do livro “Marta e o manacá de cheiro”, de imagens  retiradas do site Google, de vídeos retirados do YouTube e de DVDs e CDs. Todos os contatos tiveram  mediação e intervenção das professoras, pelo fato das crianças serem muito pequenas.
Tivemos um bom retorno por parte delas: reconheceram o animal nas imagens apresentadas. As crianças demonstraram curiosidade, algumas falaram o que era e, aqueles que não se expressam direito, apontavam com interesse. No vídeo “A borboleta e a lagarta”, do grupo Palavra Cantada, gostaram da música. Mostramos a relação do vídeo com a música cantada por nós, através dos gestos que fazemos quando cantamos (“uma taturana sobe pela árvore. Come todas as folhinhas... fica gorda, barriguda, fica cansada e vai dormir... dorme taturana... Mas quando acorda, não é mais uma taturana, é uma... borboletinha, ‘tá na cozinha...”). Algumas crianças estavam acompanhando com os gestos o vídeo.
No momento da atividade com Corpo e Movimento, inicialmente as crianças observam e não participam. Somente quando as professoras começam a “bater as asas e sair voando por aí” é que elas começam a voar... e parar foi difícil depois.
No trabalho do cartaz, feito coletivamente, trabalhamos diversos tipos de papéis, tesoura, colas e fita crepe, com intervenção nos momentos de pintura e colagem das borboletas. As crianças pintaram uma cartolina, recortada posteriormente pelas professoras. Essas cortaram papel crepom para fazer as asas que, no outro dia, seria colada no corpo da borboleta e no cartaz, que conteria, de um lado, a letra da música trabalhada. Nossos alunos já possuem certa desenvoltura no trabalho coletivo, gostam de manusear giz e tinta, tanto com as mãos quanto com o pincel. Os maiores falaram o nome do bicho e fizeram questão de escolher qual colaria no cartaz. Já os menores, gostaram de escolher e ver sua borboleta grudada no cartaz.
Acredito que o projeto atendeu o público ao qual foi destinado. Ele foi pensado para trabalhar os alunos de berçário I. Não tem o alcance de 100% da turma, devido à variação de idade das crianças. Entretanto, estimulamos a oralidade, com algo que apreciam e também o manuseio de materiais e do próprio corpo como meio de expressão artística. Fizemos o trabalho de pesquisa, envolvendo diversas mídias, como o jardim da creche, o livro, o computador, o vídeo, a música e a arte criada por eles.
Com as músicas, trabalhamos Comunicação e Expressão, Corpo e Movimento. Olhando o jardim, os vídeos e o computador, Natureza e Sociedade. Ao montar o cartaz, também as Artes, Interação Social e Identidade e Autonomia.

BIBLIOGRAFIA E WEBLIOGRAFIA:
BATLLORI, Jorge e ESCANDELL,Victor. 150 Jogos para a Estimulação Infantil.  edição. São Paulo, Ciranda Cultural, 2009.


 




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