Iniciamos o projeto
trabalhando a questão da oralidade, já na roda de conversa, para estimular o
falar, o ouvir, a interação social, a identidade e autonomia de cada um, a
partir do momento que os deixamos escolher o repertório musical que cantaríamos
naquela semana. Os bebês expressam-se a seu modo e, depois de um período de
convivência, conseguimos entender gestos, balbucios e até algumas palavras que
eles tentam falam (e que alguns já falam!).
Começamos com a música
da “Borboletinha está na cozinha”.
Antes mesmo de
iniciarmos esse projeto, já observávamos as borboletas no jardim. Elas
procuram, quando indagadas e nos chamam para mostrá-las, quando avistam uma. Aproveitamos
que, além disso, a primavera está chegando e nada melhor que fazer um painel
todo colorido para aproveitar o tema e uma música que eles gostam.
As crianças também tiveram
contato com o tema borboleta através das gravuras do livro “Marta e o manacá de
cheiro”, de imagens retiradas do site
Google, de vídeos retirados do YouTube e de DVDs e CDs. Todos os contatos tiveram
mediação e intervenção das professoras,
pelo fato das crianças serem muito pequenas.
Tivemos um bom retorno
por parte delas: reconheceram o animal nas imagens apresentadas. As crianças
demonstraram curiosidade, algumas falaram o que era e, aqueles que não se
expressam direito, apontavam com interesse. No vídeo “A borboleta e a lagarta”,
do grupo Palavra Cantada, gostaram da música. Mostramos a relação do vídeo com
a música cantada por nós, através dos gestos que fazemos quando cantamos (“uma
taturana sobe pela árvore. Come todas as folhinhas... fica gorda, barriguda,
fica cansada e vai dormir... dorme taturana... Mas quando acorda, não é mais
uma taturana, é uma... borboletinha, ‘tá na cozinha...”). Algumas crianças
estavam acompanhando com os gestos o vídeo.
No momento da atividade
com Corpo e Movimento, inicialmente as crianças observam e não participam.
Somente quando as professoras começam a “bater as asas e sair voando por aí” é
que elas começam a voar... e parar foi difícil depois.
No trabalho do cartaz,
feito coletivamente, trabalhamos diversos tipos de papéis, tesoura, colas e
fita crepe, com intervenção nos momentos de pintura e colagem das borboletas.
As crianças pintaram uma cartolina, recortada posteriormente pelas professoras.
Essas cortaram papel crepom para fazer as asas que, no outro dia, seria colada
no corpo da borboleta e no cartaz, que conteria, de um lado, a letra da música
trabalhada. Nossos alunos já possuem certa desenvoltura no trabalho coletivo,
gostam de manusear giz e tinta, tanto com as mãos quanto com o pincel. Os
maiores falaram o nome do bicho e fizeram questão de escolher qual colaria no
cartaz. Já os menores, gostaram de escolher e ver sua borboleta grudada no
cartaz.
Acredito que o projeto
atendeu o público ao qual foi destinado. Ele foi pensado para trabalhar os
alunos de berçário I. Não tem o alcance de 100% da turma, devido à variação de
idade das crianças. Entretanto, estimulamos a oralidade, com algo que apreciam
e também o manuseio de materiais e do próprio corpo como meio de expressão
artística. Fizemos o trabalho de pesquisa, envolvendo diversas mídias, como o
jardim da creche, o livro, o computador, o vídeo, a música e a arte criada por
eles.
Com as músicas,
trabalhamos Comunicação e Expressão, Corpo e Movimento. Olhando o jardim, os
vídeos e o computador, Natureza e Sociedade. Ao montar o cartaz, também as
Artes, Interação Social e Identidade e Autonomia.
BIBLIOGRAFIA E
WEBLIOGRAFIA:
BATLLORI, Jorge e ESCANDELL,Victor. 150 Jogos para a
Estimulação Infantil. 2ª edição. São Paulo, Ciranda Cultural, 2009.
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